PEQUENAS CONSTATAÇÕES, NA
FALTA DE MAIORES.
Constatação I (De uma
dúvida crucial, via pseudo-haicai).
Foi
o velho Dom cavalo baio
Que
olhou pra sua esposa,
A
Da. Égua, de soslaio?
Constatação II
Deu
na mídia, mais precisamente no site do MSN Brasil: “Petrobrás revisa manual
e exige que fornecedoras ou prestadoras de serviços respeitem código de ética”.
Data vênia, como diria nossos juristas, mas para Rumorejando isso soa como
“depois que a porta foi arrombada aí querem pôr tranca”. Vige!
Constatação III (Pequenas
definições, na falta de melhores).
-“Ah!
Aquela pessoa era mau-caráter. E pior: era má e, claro, não tinha caráter”. Constatação IV
E
como elucubrava aquele ancião, a quem o médico havia mandado fazer alguns tipos
de exercícios como caminhadas, natação, ginástica aquática, etc.: “Eu estou
envolvido num círculo vicioso. O do cansaço. Eu não sei se canso porque não
faço exercício, ou eu não faço exercício porque canso”.
Constatação V (De um
pseudo-haicai).
Nasce
a aurora.
Mais
um dia de trabalho.
Ora,
ora...
Constatação VI (De uma
dúvida eufemística não necessariamente crucial).
Se
a endoscopia é uma pesquisa pela porta da frente, a colonoscopia é uma pesquisa
endoscópica pela porta dos fundos?
Constatação VII
O
Brasil é considerado o país mundial do desperdício. Segundo os entendidos, a
comida que se desperdiça diariamente daria para alimentar a fome existente no
mundo. Deve ser por causa do nosso complexo de pobreza. É aquela velha história
de que não é preciso fazer economia. E é uma das formas de ostentação. Mas há
outras formas de desperdício: A corrupção é uma delas. O salário dos
governantes e políticos é outra. Atualmente, no âmbito dos juristas, surgiu
mais um componente de aumentar os seus – deles – salários: O auxilio moradia.
Sem contar o custo pelo tempo que leva para ser dado um parecer, fazendo a
solução de uma demanda demorar anos e anos. E já que falamos em tempo: Viva
“nóis”.
Constatação VIII (Dúvida
crucial, via pseudo-haicai, dedicada ao meu grande amigo Sergio Gugisch
Moreira).
De
grão em grão e mais um grão,
A
galinha enche o seu papo.
Idem
os componentes do Petrolão?
Constatação IX (Um pingo
de escatologia. Perdão previamente caros leitores).
Se os gases estomacais e intestinais não fossem invisíveis e
fossem de todas as cores, o mundo seria mais colorido. Reitero pedido de
desculpas.
Constatação X
Deu
na mídia: “Kim Kardashian revela sua posição sexual favorita”. Taí mais uma
notícia de transcendental importância para o futuro da Humanidade. Vige!
Constatação XI (Quadrinha
para ser recitada onde os leitores acharem melhor e determinarem quem possa
responder).
Finalmente
outro moto contínuo* foi descoberto
Após
o Lava Jato veio My Way, outra operação.
Qual
será que virá? A próxima ainda está em aberto.
E
assim sucessivamente até o fim desta nossa nação?
*Veja adiante a Fábula Confabulada Indigna
do guru Millôr.
Constatação XII (Quadrinha
pré-carnavalesca com conselhos úteis. De nada!).
A
gente não deve se esbaldar,
Neste
ou noutro carnaval,
Pois
pode te fazer mal
E
arrisca até você finar.
Constatação XIII (De um pseudo-soneto).
As aparências, às vezes, enganam.
Ele
tinha uma cabeça diferente
O
formato era de um cabuchão*.
O
cérebro ocupava todo o ente
Mas
a cara parecia dum bobalhão.
O
sujeito tinha um QI elevado.
A
inteligência saía até pelos poros.
O
tema Petrobrás o deixava impacientado.
Reagia
invariavelmente contra os foros**.
As
mulheres o taxavam de tolo
E
ele não achava que havia dolo.
Nas
atitudes delas. Tão queridas!
Ele
esperava com muita paciência
Que
elas atinassem a sua proficiência
E
o recebessem sempre despidas...
*Cabuchão
= Substantivo
masculino.
1.
Bras. Aquilo que tem forma cônica (Aurélio).
**
Foros = Substantivo masculino plural.
1.
Imunidades; direitos, privilégios. (Aurélio).
Constatação XIV (De uma dúvida
não necessariamente crucial de cunho psico-sociológico-esportivo).
O
goleiro Jeferson que ficou na reserva nesta última Copa do Mundo quando o
Brasil perdeu para a Alemanha por 7 X1 deve se considerar um cara feliz por não
ter jogado e infeliz de ver o nosso time levar tal placar? Quem souber a
resposta, sendo botafoguense como este locutor que vos fala, digo, digita, ou
não, por favor, comentários no blog, não necessitando se ativer para esquemas
rígidos didáticos, mas colaborando para se tirar uma conclusão – sem dúvida de
transcendental importância para o futuro da Humanidade. Desde já, obrigadão
pela atenção e colaboração!
Constatação XV
Deu
na mídia, mais especificamente no site do MSN Brasil: “Mulher Melão vai fazer
curso para aperfeiçoar sua performance na cama”. Rumorejando pretendia
dizer, como costuma nestes casos, que a notícia é também de transcendental
importância para o futuro da Humanidade, mas, para não ser repetitivo, pois já
existe outro fato transcendental, como em Constatação anterior, se limita a
dizer que há que se ter um ideal na vida. Que sirva – o ideal – como exemplo
desde que seja positivo como é o presente caso...
Constatação XVI
Também
deu na mídia e também no site do MSN Brasil: “Maluf quer ser candidato à
Prefeitura de São Paulo em 2016”. Vige!!!
Constatação XVII (De uma
quadrinha aparentemente dicotômica e meio confusa).
Andava
por caminho tortuoso:
Jogava
pôquer desbragadamente,
Mas
com as gatas era afetuoso
Cumprimentava-as
cavalheirescamente.
Constatação XVIII
Quando
o obcecado leu na mídia, mais precisamente no site da Globo: “Tenista Caroline
Wozniacki agradece à revista por fotos em ensaio sensual de biquíni”, comentou:
“Ela não tem nada que agradecer. Nós* é que agradecemos”.
*Não
ficou claro se esse “nós” foi majestático ou houve mais pessoas que fizeram
coro ao obcecado. Tão logo Rumorejando tenha tal informação
imediatamente passará aos nossos prezados leitores.
RICOS & POBRES
Constatação I
Rico
é espargido com água benta; pobre é molambento.
Constatação II
Rico
é ingênuo; pobre, é babaca.
Constatação III
Rico
tem convicções; pobre, é turrão.
Constatação IV
Rica
fica mais assanhada nos dias férteis; pobre, em qualquer dia.
Constatação V
Rico
é consultor; pobre é aspone*
*Aspone
= Assessor de porra nenhuma.
Constatação VI
Rico
embeleza o ambiente; pobre trabalha para embelezar o rico.
Constatação VII
Rico
é catedrático em uma infinidade de assuntos; pobre é analfabeto atávico.
Constatação VIII
Rico
é conciso; pobre, é prolixo.
Constatação IX
Rico
faz concessão; pobre, faz greve.
Constatação X
Rico
concretiza suas ideias; pobre não pensa em nada.
FÁBULA CONFABULADA (INDIGNA DO
GURU MILLÔR).
Numa
província chinesa, não ficou claro se banhada pelo rio Amarelo ou por algum
outro rio de outra cor, há muitos anos atrás, nos tempos das dinastias, vivia
um déspota, nada esclarecido, como é praxe com os déspotas, que dirigia, como
sói acontecer com déspotas, seu império com mão de ferro. Seu nome era Tze Bah
Leh. O ditador adotava a política que a maioria dos governantes adota, mesmo
sendo eleito pelo voto popular, o tal dito democrático, que, por sua vez, não
leva em conta os gastos vultosos dos ricos que gastam os tubos para se
elegerem. E/ou sendo auxiliado direta e/ou indiretamente pela administração
maior e/ou menor do Estado. Mas isso já é outra história e que nesse momento,
não vem para o caso, até porque o povo já está acostumado e impotente para
protestar, pois sempre não dá em nada. Voltando ao assunto, estávamos nos
referindo à política que adotam que é “Eu faço o que eu quero porque sim e tá
acabado”. O ditador Tze Bah Leh tinha como um dos seus muitos auxiliares, um
secretário, parente de longe, chamado Kno Bah Leh, a quem ele tratava, como era
de sua praxe, com muita rispidez, rudeza e grosseria, apenas para citar alguns
poucos adjetivos demeritórios. Se não fosse há tanto tempo atrás, mais
recentemente, até poderia ser comparado aos personagens de O Senhor
Presidente, de autoria do escritor guatemalteco, Prêmio Nobel de
Literatura, Miguel Angel Astúrias. Mas isso é outra história e que não vem,
agora, ao caso.
Certa
vez, Kno Bah Leh estava se explicando, para sua douta chefia, Tze Bah Leh, atitudes
que havia tomado contra grupos que estavam se rebelando, em determinado local,
contra o descaso do assim chamado governo com relação a inúmeras reivindicações
de cunho social, elevada carga tributária, que até parecia de um certo país do
Ocidente, cujo atendimento havia ficado somente na promessa como é de mau
alvitre acontecer com governos democráticos ou não. O que convenhamos, isso já
é outra história e terrível para quem ingenuamente acredita na devida
providencia das autoridades constituídas. Lá pelas tantas, quando lhe faltou
algumas palavras para definir determinada situação, referindo-se à maneira como
a pseudo-rebelião havia sido sufocada, com mortes, prisões e torturas, Kno Bah
Leh disse: “Como é que eu poderia dizer melhor como foi feito, Excelência?”
“Não precisa dizer. O único aqui que pode dizer e desdizer sou eu. Chega de
inócua explicação”, disse o ditador de plantão Tze Bah Leh. Kno Bah Leh ficou
vermelho como um pimentão, depois empalideceu e ficou mais amarelo como outro
pimentão e verde de raiva como um terceiro pimentão. Ficou com as cores dos
pimentões que se costuma usar numa caponata. Porém, isso já é outra história.
Para gáudio de Kno Bah Leh, Tze Bah Leh acabou sendo derrubado por outro
ditador que também estava de plantão. É o que se poderia chamar a vingança do
pipoqueiro porque outra não era possível Kno Bah Leh realizar. E o novo ditador
foi, mais tarde, substituído por outro e, assim se descobriu o moto contínuo
que, na maioria dos casos políticos, se transforma em contínuo e não perpétuo,
pois, como é sobejamente sabido, eles também morrem algum dia. Felizmente! Mas
isso também já é outra história que, nas atuais circunstâncias, não vem para o
caso. Pelo menos para todos eles e também àqueles que desfrutaram e se locupletaram
com o poder...
Moral
I:
Para o mau ditador, meia ou nenhuma explicação basta.
Moral
II:
Em alguns países, atrás de um grande ditador, sempre há um maior ainda, inclusive
eleito, ou não.